quinta-feira, 18 de março de 2010

ESCOLA A SERVIÇO DO SISTEMA NEOLIBERAL

ESCOLA A SERVIÇO DO SISTEMA NEOLIBERAL

O mundo moderno, nos últimas décadas provocou mudanças profundas nas relações de trabalho, por conta dos avanços tecnológicos e automação das empresas. O que no momento se apresenta como preocupação para a sociedade brasileira é a falta de perspectiva da classe juvenil e por conseguinte a classe dos estudantes.
As unidades escolares, de uma forma geral, não conseguem estimular os estudantes aos estudos, a pesquisa, a busca de conhecimento. As instituições escolares caminham a reboque da tecnologia da informação. Trabalham de forma arcaica em grande parte os inseparáveis instrumentos como o quadro negro, giz , livro e a palavra continuam com ferramenta do dia a dia em sala de aula.
A sociedade moderna, fundamentada em princípios como, o livre mercado, o lucro pelo lucro , a disputa pelo poder a qualquer custo, vem contaminando as instituições democráticas como a escola, sendo um dos principais pilares na formação do indivíduo.
O que se percebe nos dias atuais são multidões de jovens acéfalos sem perspectiva de um futuro promissor. Está acontecendo um fenômeno estranho e muito preocupante para as autoridades, pais e sociedade em geral, no que diz respeito a onda de violência entre jovens de ambos os sexos nas proximidades das escolas de nosso País.
A sociedade brasileira tem uma dívida social de muitos anos com os setores educacionais. O discurso mais comum é buscar culpados para justificar os fracassos escolares, apontando para a questão familiar, a falta de interesse dos alunos e a desmotivação dos professores. A questão é um tanto mais complexa. Precisamos ler nas entrelinhas do modelo neoliberal e procurar entender a ideologia do modelo econômico atual o qual comanda os projetos importantes dos países mais dependentes e entre os projetos a educação não passa ilesa pelo fato de ser a base da formação dos trabalhadores, partícipes do grande exército de mão de obra barata a serviço do mercado produtivo dominante.
A dita redemocratização do Brasil não conseguiu implementar um projeto de soberania nacional. Pois, continuou dependente em muitos aspectos, por longos anos. Somente nos últimos anos vem se firmando com nação soberana.
Os milhões de jovens estudantes de nosso pais vivem uma forma de clandestinidade sem participação efetiva nas decisões do pais. Seguindo este raciocínio, precisamos aguçar os nossos ouvidos para escutar os gritos de socorro da classe juvenil (estudantes)
Na atualidade os estudantes jovens em muitas cidades estão participando de atos de violência e vandalismo, brigas, consumo de bebidas alcoólicas , uso de drogas e outros. Tudo isso mostra a carência de projetos os quais estudantes e jovens de um modo geral possam confiar e assumir como de fundamental importância para as suas vidas.
A escola, mais doque em outros tempos, precisa assumir a formação dos jovens estudantes como um compromisso de construção de cidadania.
Diante desta situação o que fazer para os jovens redescobrir a importância da escola para a existência. E o corpo docente? Será que consegue visualizar o estudante numa direta relação com a construção de uma sociedade mais humana, justa e pacífica? A pratica docente é sem dúvida uma questão de cidadania, soberania e amor pela sociedade brasileira. Não é somente uma questão de desobriga de tarefas em vista da sobrevivência.

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