terça-feira, 25 de agosto de 2009

INOPERÂNCIA DOS DEUSES

A INOPERÂNCIA DOS DEUSES
Por milhares de anos a humanidade deposita confiança nas divindades como se elas estivessem guiando os passo de cada ser humano.
O questionamento que hoje se faz necessário é o seguinte: As divindades e seus assessores têm autonomia para mudar a realidade das sociedades humanas, independente da vontade ou não dos seres humanos? Se, têm por que não evitam milhares de catástrofes que acontecem todos os anos no mundo inteiro? Vamos continuar na falsa afirmação de que os justos pagam pelos injustos? E o que é ser justo ou injusto no mundo atual?
Se os deuses, as divindades são superiores aos mortais, por que não resolvem o problema do sofrimento humano? Ou será que o homem criou uma vasta literatura religiosa no sentido de se auto-afirmar como um ser imortal, negando assim a sua condição de ser histórico, limitado, morador do Planeta Terra, que um dia pode acabar?
Depois de vários milhões de anos de preocupações com o mundo do além, na busca de garantir um futuro de felicidade na eternidade, cabe ao homem refletir sobre si mesmo e sobre sua realidade existencial, relacional com seus semelhantes e com toda a Natureza.
A construção de um mundo fora da história tem marcado profundamente as comunidades, dentro de uma lógica moralizante, repressiva e punitiva. Essa ideologia inviabiliza um mundo de verdadeira liberdade, alegria, paz, cordialidade entre as pessoas e o meio em que vivem.
O legado cultural deixado pelas civilizações do passado, bem como a construção das culturas religiosas do presente deve ser tema de profunda reflexão neste início de século. Não podemos continuar fazendo de conta que os problemas cruciais dos seres humanos sejam objeto da vontade e competência divina para a obtenção das suas soluções.

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